Em momentos econômicos onde as incertezas sobre o futuro do país pairam no ar, é comum encontrarmos empresas que reduziram os volumes de venda. E o problema é que muitas destas empresas continuam com a mesma estrutura de custos. Isso faz com que as margens de lucro sejam cada vez menores. Em alguns casos até mesmo gerando prejuízos econômicos para a empresa.
Devemos monitorar constantemente nossa estrutura de custos e despesas, e sempre que for possível deve-se reduzi-la. Principalmente no caso do faturamento da empresa cair, deve-se enxugar a estrutura, não podemos manter a mesma estrutura esperando que em algum momento a empresa vá voltar a faturar o que faturava.
Não podemos obrigar nosso cliente a comprar nosso produto ou nosso serviço, (infelizmente), portanto é indispensável fazermos nossa parte ajustando nossa estrutura de custos e despesas ao atual nível de faturamento. Esta decisão sim está sob nossa gestão, e pode evitar que a empresa passe a gerar prejuízos econômicos.
Aceitar prejuízo econômico pode gerar um ciclo vicioso extremamente perigoso. Mês após mês o custo financeiro da sua empresa vai aumentar uma vez que você vai precisar de dinheiro de alguma fonte para financiar esse prejuízo. Geralmente apelamos para os bancos. Recursos de curto prazo, com taxas extremamente altas.
Essa atitude vai aumentar ainda mais seus custos fixos, uma vez que você passa a pagar juros. O grande problema aparece nos meses subsequentes, onde você vai precisar pagar todos os seus custos e despesas operacionais e ainda por cima, pagar os juros aos bancos. Isso faz com que o ponto de equilíbrio da sua empresa suba ainda mais. Fazendo com que o prejuízo do próximo mês seja ainda maior. Com isso a empresa precisará de mais dinheiro do banco e aumentará cada vez mais seus prejuízos.
Fazendo uma analogia, injetar dinheiro em uma empresa que gera prejuízo econômico é tentar secar o chão da sua casa com a torneira aberta: você seca rapidamente, mas durante o processo de torcer o pano, a casa já está toda molhada novamente. Todo seu esforço foi em vão, e você ainda continua com o problema.
Portanto nossa primeira missão é fechar todas as torneiras. Para isso elencamos 25 formas de cortar custos e despesas na sua empresa:
Medir todos seus gastos: O primeiro e mais importante passo é que você meça cada centavo que sai da sua empresa;
Criar um bom planejamento orçamentário: definir limites de gastos para cada despesa;
Monitorar constantemente o orçado e o realizado: de nada adianta você criar metas se não as monitorar;
Comece pelos custos e despesas com maior representatividade: o impacto da redução será maior.
Envolva seus fornecedores: crie parcerias, não veja seus fornecedores como inimigos;
Cuide do processo de compras: defina responsáveis, crie ordens de compra, e analise indicadores de eficiência das compras;
Compre somente com mais de um orçamento: preços variam constantemente. É importante orçar a cada compra;
Identifique estoques de baixo giro: diminua a saída de dinheiro do seu caixa diminuindo seus estoques.
Envolva sua equipe: na maioria das vezes eles têm ideias excelentes;
Transforme salários fixos em variáveis: crie metas de produtividade e bonifique seus funcionários caso as atinjam.
Capacite sua equipe: conhecimento sempre gera redução de custos e despesas;
Premie sua equipe caso atinjam as metas de redução: se você economizar R$10 pode dividir com sua equipe R$3 que ainda estará no lucro;
Considere a terceirização: com isso você transforma custos fixos em variáveis.
Invista no Marketing de baixo custo: use as mídias sociais.
Aumente a eficiência dos processos: quanto mais rápido você finaliza um processo menos ele custará;
Diminua os erros de processos: retrabalho é custo;
Padronize seus processos: quanto mais padronizados maior será sua eficiência;
Invista em máquinas e equipamentos: Aumentar a agilidade sempre diminui custos;
Otimize Gastos com energia: invista em tecnologias para reduzir gastos com energia;
Considere a locação de veículos: se você colocar na ponta do lápis gastos com depreciação e manutenção do veículo, o aluguel pode se tornar uma boa alternativa;
Lembre-se também dos pequenos gastos: a soma dos poucos gera um gasto grande. Cuide também dos pequenos gastos;
Crie parcerias: busque parceiros com interesses em comum com os seus.
Verifique se seu regime tributário é o mais adequado: refaça anualmente o seu planejamento tributário.
Renegocie tarifas com bancos: convide sempre seu gerente para tomar um café na sua empresa, e aproveite para questioná-lo das tarifas que você paga.
Renegocie Dívidas com bancos: alongamento de passivo sempre deve ser considerado;
Lembre-se que custos são como nossas unhas, devem ser cortadas constantemente. Cortar custos e despesas é fazer sua parte para que sua empresa crie riqueza.
Autor – Douglas Gayo – Instrutor do Gestor de Sucesso – http://gestordesucesso.com/