Gestão Preventiva – uma cultura que gera resultados

Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre os benefícios da prevenção para a manutenção da qualidade de vida ou de qualquer outro equipamento, serviço ou processo. Agora, se sabemos da importância e dos benefícios dessa prática, por quê a maior parte das empresas do setor público e privado não a aplicam em seus negócios? A resposta reside num fato simples – cultura.

 

Uninfo---Gestão-Preventiva---Rangel Lima

 

Tomemos como exemplo o serviço público, que tem a tradição de gestão corretiva ao invés da preventiva. Estudos de casos demonstram que programas bem planejados e adequados trazem benefícios inquestionáveis, ao passo que o custo da ação corretiva pode ser imensurável. No meio corporativo, por exemplo, a organização deve definir ações para eliminar as causas de não conformidades potenciais, de forma a evitar sua ocorrência.

Na liderança, ao seu turno, quando os “líderes” deixam de cuidar das pessoas da sua equipe, seja por falta suporte ou reconhecimento necessário para retenção de talentos e o desenvolvimento da performance, o resultado é o aumento do turnover (índice de rotatividade) e a falta de engajamento dos profissionais. Os brasileiros são regidos por essa cultura imediatista, de ausência de planejamento e de ações voltadas, na sua grande maioria, para a correção (em geral de baixa qualidade). No dito popular, o Brasil adota a gestão do bombeiro, pois vive “apagando incêndio”.

Uma das qualidades do profissional de alta performance é a proatividade, porque está sempre buscando antecipar-se aos desafios e às oportunidades. Pessoas com essa característica buscam sempre antever o que está por acontecer e se preparam de todas as formas para apresentar o melhor desempenho e o máximo de resultado.

O caminho principal para identificação das ações preventivas está na análise de informações, tais como dados históricos passados sobre o tipo de atividades realizadas, equipamentos, condições ambientais, qualificação dos profissionais, entre diversas outras. A alta administração representa a mais forte influência na cultura organizacional. E para que tudo isso se concretize, a comunicação contínua, clara e consistente, para todos os níveis, é essencial para garantir que o modelo de gestão preventiva seja uma prioridade diária como parte do padrão de comportamento da organização. Portanto, forme o time, busque as pessoas certas e os recursos adequados. Comunicação e treinamento constantes são os melhores investimentos para o processo de conscientização e de internalização de novos valores. O processo reflexivo criará uma consciência coletiva favorável.

Uma vez implementado, o programa deve ser continuamente monitorado e avaliado com relação ao seu próprio conteúdo. Revise as políticas e procedimentos regularmente, a fim de garantir que se encontrem em consonância com leis e regulamentos e que estejam compatíveis com a evolução dos negócios.

E lembre-se: um programa de gestão preventiva nunca está concluído, ele é um processo contínuo.

Autoria: Rangel Lima – Psicólogo e Master Coach – Consultor da Universidade Corporativa Uninfo e do Gestor de Sucesso.