Como a tecnologia ajuda empresas na crise

Softwares de gestão geram produtividade e inovação e podem fazer a diferença em momentos de dificuldade econômica, como o atual.

 

 

A crise econômica está forçando empresas a se adaptar a tempos de redução de custos e apertos financeiros. Mas há exceções. Enquanto uma parte enxuga os negócios, outra faz o caminho inverso: investe em tecnologia mirando tempos melhores, por meio da automatização de processos internos e externos gerada pela adoção de softwares de gestão.

“As empresas que entenderam que a automação traz benefícios têm investido de maneira sábia para capturar esses benefícios da tecnologia. Mas ainda vemos empresas que pararam no tempo. São dois grandes blocos, que, provavelmente, terão destinos diferentes”, afirma Ricardo Chisman, líder de technology Consulting da Accenture, empresa especializada em consultoria de gestão. “Estamos em um momento de buscar eficiência. E a tecnologia é uma das alavancas para alcançar esse objetivo.”

Para entender os benefícios de um sistema de gestão integrada (ERP Suíte), é preciso imaginar aqueles processos manuais, demorados, burocráticos, que exigem a movimentação de muitos profissionais em uma empresa. “Um ERP automatiza todos esses procedimentos em menos tempo, e com agilidade e eficiência. Faz o processo ganhar dinamismo, diminui as margens de erro e entrega ótimos resultados”, afirma Chisman.

“O software pode substituir trabalhos repetitivos e operacionais, o que reduz custos e aumenta a produtividade”, diz Lawrence Koo, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Segundo ele, sistemas de gestão integrada trazem maior controle às operações, dando uma visão em tempo real dos indicadores de desempenho das funções vitais de gestão. Isso ajuda as empresas a passar até por crises econômicas.

Softwares de gestão podem ser aliados eficientes de companhias de qualquer porte. Há a necessidade de investimento para ter um software confiável e de qualidade, e a crise não pode ser um empecilho. “Este é um momento estratégico para investir em tecnologia. É uma grande oportunidade de mirar projetos que tragam produtividade a médio e longo prazo”, afirma Chisman.

O retorno do investimento em softwares de gestão é garantido. Segundo a edição de 2015 da Pesquisa Anual do Uso de TI, elaborada pela Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp), somente na última década, para cada 1% a mais de gasto em investimento na área de TI em indústrias de capital aberto, o lucro aumentou 7%, em dois anos. A pesquisa ouviu 6 000 grandes e médias empresas.

Não são só os grandes grupos que podem se beneficiar. Para Chisman, empresas de pequeno porte, muitas vezes, conseguem alcançar resultados até melhores do que as grandes corporações, com o uso de sistemas de ERP. “Empresas menores têm mais facilidade para se adaptar às ferramentas do que as grandes”, diz Chisman. “As maiores, por serem muito complexas, precisam de customizações para adequação às suas necessidades. As pequenas podem utilizar pacotes de softwares básicos e, mesmo assim, se beneficiar e ganhar muita produtividade”, afirma.

Para o professor Lawrence Koo, a principal vantagem de utilização de um software nacional de gestão é a adaptabilidade à legislação brasileira. Essa característica é difícil de encontrar em fabricantes de ERP de fora do país, porque são frequentes as mudanças nas legislações fiscal e tributária no Brasil.

Os especialistas ressaltam também a necessidade de ter um objetivo bem definido ao optar por um software de gestão empresarial, para não fazer um investimento em algo que não irá suprir as necessidades da empresa. “O sistema melhora o negócio quando é bem gerido ou pode engessar muito, quando mal administrado”, diz Koo. “O segredo é a aderência: encontrar uma solução ideal para seu modelo de negócio. Outro ponto importante é ter um bom suporte, um ecossistema, com um bom time de profissionais para implantar e gerir o sistema”, diz Chisman.

“Softwares de gestão ajudam a superar obstáculos e jogam a favor das empresas. É uma oportunidade ótima”, afirma Chisman. “Quem compreender essas possibilidades ganhará produtividade e fará a diferença no negócio, ainda mais em momentos de dificuldade econômica, como o atual.”

 

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